Como há déficit de 10 mil vagas, segundo a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), os flanelinhas criaram outra forma de faturar: garantir a vaga, dar os cartões e "olhar o carro". Na Rua Oscar Freire, os donos de veículos não precisam se preocupar se houver autuação. "Os pontos ficam na minha carteira", garantiu um guardador que trabalha entre as ruas Haddock Lobo e Augusta.
O atrativo é o preço. Na Oscar Freire, um manobrista oferece vaga mensal por R$ 130,00, das 10 às 17 horas, ou R$ 6,50 por dia, durante a semana. Um estacionamento convencional na mesma rua sai por R$ 250,00 por mês ou R$ 12,50 diários. Mesmo que permitido, estacionar na Zona Azul por sete horas custaria R$ 12,60.
Segundo os guardadores, as multas são raras, porque dizem saber como a fiscalização ocorre. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirma, no entanto, que no último trimestre a média foi de 35 mil multas/mês em áreas de Zona Azul.
Fonte: Jornal da Tarde, 15 de agosto de 2008