A média dos congestionamentos entre 17h e 20h foi de 275 km na semana passada. Na semana anterior, foi de 223 km. Entre 7h e 11h, foi de 228 km, ante 208 na semana sem a restrição. O rodízio municipal de veículos vale de segunda a sexta-feira, das 7h às 10h e das 17h às 20h.
Os dados são da empresa Maplink e foram repassados com exclusividade para o Estado. A empresa faz a contagem da extensão do tráfego baseada em informações captadas de aparelhos de GPS dos carros - por isso os números sempre são bem maiores do que os índices da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que faz a medição visualmente.
Os números mostram que, apesar de o rodízio proibir a circulação de cerca de 20% dos carros nos horários de pico nos dias úteis, a política de restrição não foi capaz de absorver o total de carros que estava fora da cidade nas primeiras semanas do ano nem o número de veículos que não circulava no período de férias escolares - boa parte das escolas da cidade retomou as atividades, segundo a CET. Sem o rodízio, a diferença entre os números seria maior ainda.
Para se ter ideia do tamanho do crescimento do número de carros nas ruas, o horário das 19 horas (tradicionalmente o auge do horário de pico), por exemplo, mostra o quanto a lentidão cresceu: sem o rodízio, o pior índice alcançado foi no dia 11, quando chegou a registrar 345 km de filas na cidade. Na sexta-feira passada, porém, já com a restrição em vigor, esse índice alcançou 454 km de extensão - é como se uma fila de carros do tamanho da distância entre São Paulo e Campinas fosse acomodada entre os semáforos das principais vias da capital.
Na parte da manhã, o pior horário sempre é às 10 horas. Comparando-se os dados de antes e depois da volta da vigência do rodízio, é possível notar crescimento de cerca de 8% nos índices de lentidão, de 229 para 247 km de filas, segundo os dados levantados pela Maplink.
A frota circulante da capital é estimada pela CET em cerca de 4,5 milhões de veículos. A frota oficial, registrada no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), passa dos 7,1 milhões.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 21 de janeiro de 2013