A mensagem diz: "Não impeça o fechamento das portas. Se não conseguir desembarcar na estação de destino, siga até a próxima estação e retorne gratuitamente". Nas estações da Linha 4-Amarela, embarque e desembarque são feitos pelo mesmo lado. Em horários de pico, pode ser difícil para os usuários ultrapassar a multidão do lado de fora do trem. Há avisos no chão pedindo que os usuários que vão embarcar fiquem nas laterais das portas, mas geralmente não são respeitados.
O presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), José Geraldo Baião, diz nunca ter ouvido tal mensagem e afirma que, geralmente, os próprios usuários se propõem a fazer a chamada viagem negativa - quando se desce além ou antes da estação de destino para pegar o trem mais vazio. "Acredito que seja uma estratégia operacional adotada pela operadora por preocupação com os usuários."
Em estações com grande fluxo de pessoas, como Sé e Barra Funda (Linhas 1- Azul e 3-Vermelha), embarque e desembarque são feitos em plataformas diferentes. "A Linha 4 não tem a plataforma central, o que permitiria fazer o desembarque de forma mais fácil. Mas na Sé, onde há essa plataforma, não é incomum alguém embarcar e ser expulso pelo fluxo da outra porta."
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo testou em dois trechos da Linha 4-Amarela a solução proposta pela concessionária Via Quatro. Caso o usuário não consiga descer na Estação República e precise seguir até a Luz para depois voltar, o tempo de viagem aumenta cerca de oito minutos.
Na Estação Paulista, que teve problemas recentemente por causa da superlotação, se o usuário tiver de ir até a Faria Lima e voltar, o trajeto tem acréscimo de aproximadamente 15 minutos.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Via Quatro afirmou que o aviso tem por objetivo a segurança e um maior conforto para os usuários e essa é uma orientação habitual.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 16 de janeiro de 2013