A troca dos abrigos e totens faz parte da segunda fase da Cidade Limpa - que também inclui publicidade em relógios. O consórcio que vencer a licitação deverá instalar os pontos e fazer a manutenção. Em troca, poderá explorar a publicidade nas paradas de ônibus.
Em comum, todos os novos pontos apostam em transparências e espaços para anúncios luminosos. Além da informação sobre o tempo de espera dos ônibus e os bancos, é obrigatório que haja total acessibilidade, com piso tátil e informações em braile. Parece filme de ficção científica se comparado aos 14 modelos existentes atualmente na cidade, alguns com mais de 20 anos, de concreto, da época da já extinta CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos).
Nesta quinta-feira (20), acontecerá mais uma etapa da licitação, com a exposição dos modelos à comissão de licitação e ao grupo técnico. Os consórcios que disputam o monopólio de 25 anos da publicidade nos abrigos são o Pra SP, formado pelas empresas Odebrecht, Kalítera e Rádio e Televisão Bandeirantes (MG), e o Os Abrigos de São Paulo, do grupo francês JCDecaux. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O consórcio Pra SP tem modelos desenhados pelo arquiteto Guto Índio da Costa. São cinco modelos, todos hi-tech, com espaço para anúncio digital. Um deles tem até um grande painel com o qual os passageiros poderão interagir. Além disso, há uma versão sem banco, para calçadas mais estreitas.
Lucro
De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, a cidade não gastará nada e ainda vai lucrar em impostos com o modelo. "Com aquela publicidade visual, a cidade arrecadava 6 milhões por ano (equivalente a R$ 15 milhões). Agora, vamos arrecadar em torno de 100 milhões por ano (equivalente a R$ 264 milhões).
A São Paulo Transportes (SPTrans) deve escolher onde serão colocados os abrigos e totens. A medida visa evitar que a empresa vencedora da licitação queira apenas colocar abrigos nos locais onde os anúncios tenham maior valor de mercado.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 20 de setembro de 2012