Um pequeno motor elétrico e um pouco de disposição fizeram o compositor Fabio Góes, de 36 anos, deixar o carro com a mulher no início do ano e encarar em uma bicicleta as ladeiras da Vila Madalena, na zona oeste, para chegar ao trabalho, no mesmo bairro. "Com uma bike comum, teria de tomar banho e trocar de roupa. Criaria um incômodo que poderia me fazer desistir em pouco tempo. Por isso, optei pela bike elétrica."
Góes notou também que o tempo de casa ao trabalho diminuiu.
"De carro, demorava 20 minutos, por causa das voltas e do trânsito. Com a bike, faço outro caminho e gasto cinco minutos."
Veloz
A autonomia fica em torno de 30 km a 40 km por carga (na tomada mesmo) de 4h a 8h. E a velocidade, próxima dos 30 km/h, varia de acordo com o terreno e o peso do condutor. Potência, autonomia e durabilidade influenciam no preço das bikes elétricas, que vai de R$ 2 mil a R$ 12 mil. Mas, atenção: elas pesam, em média, o dobro de uma bicicleta comum, que tem em torno de 12 kg.
Recarregar diariamente implica ao ciclista um acréscimo de R$ 30 a R$ 40 na conta de energia no fim do mês.
De acordo com a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), estima-se entre 15 mil e 20 mil bikes desse tipo no Brasil. Segundo o presidente da ABVE, Pietro Erber, o que encarece a bike elétrica é o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de cerca de 35% (nas bicicletas comuns, é de 12%).
Fonte: O Estado de S. Paulo, 19 de setembro de 2012