Atualmente, os aparelhos de fiscalização estão localizados principalmente nas áreas centrais. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), agora a ideia é ampliar o monitoramento para todas as regiões da cidade, até as faixas mais "distantes do centro", onde há "altos índices de infrações".
Todos os novos radares passarão a funcionar sob a vigência do contrato que já vigora para a fiscalização do trânsito. Outra licitação lançada neste ano pela gestão Fernando Haddad previa a troca de 436 radares fixos por modelos mais modernos, capazes de ler as placas dos automóveis e autuar os infratores. Além disso, seriam instalados mais 85 radares pela capital. Esse processo, no entanto, foi suspenso em julho pela Secretaria Municipal dos Transportes, após questionamentos do Tribunal de Contas do Município (TCM) a respeito da modalidade escolhida para a contratação do serviço. Ainda não há prazo para relançamento.
Com o rápido aumento do número de faixas à direita exclusivas para os ônibus - a principal aposta do primeiro ano do governo Haddad no setor de transportes -, torna-se naturalmente maior o risco de motoristas de carros, motos e caminhões serem multados por invasão.
A própria CET admite que esse fato contribuirá para o aumento da arrecadação com multas. Para o próximo ano, conforme a proposta orçamentária apresentada pela Prefeitura nesta semana, o Executivo municipal espera arrecadar R$ 1,190 bilhão com infrações de trânsito. A peça encaminhada pelo ex-prefeito Gilberto Kassab no ano passado estimava R$ 925 milhões com multas de trânsito. Reajustada segundo a inflação do último ano (até agosto), chegaria a R$ 976 milhões.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de outubro de 2013