As novas regras reduzem o adensamento populacional e liberam para o mercado a criação de um bairro de classe média alta no eixo que vai da Lapa à Barra Funda, na zona oeste, explica O Estado.
Enviada à Câmara Municipal há menos de uma semana, a proposta ainda prevê prédios mais altos, de até 80 metros ou 27 andares, além de garagens de 30 m². As mudanças em relação ao que vinha sendo discutido desde o segundo semestre de 2012 surpreenderam até integrantes da base aliada, como o vereador Nabil Bonduki, que promete apresentar uma emenda para "derrubar" parte do texto.
"Isso vai contra o espírito da Operação Urbana Água Branca, que é adensar a região com mais moradores, em unidades menores", disse o petista, que é relator do Plano Diretor. Outros parlamentares prometem tentar barrar o projeto. "Houve uma mudança radical em relação ao que foi discutido com a comunidade e o Legislativo em dez audiências públicas", disse Andrea Matarazzo, presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara.
A principal crítica de situação e da oposição está na produção de apartamentos voltados para a classe média alta em região abastecida pelos chamados eixos de transporte - formados por linhas de metrô, trem e corredores de ônibus. Essa liberação vai contra a proposta do novo Plano Diretor apresentado pela Prefeitura, que visa a adensar esses ramais com unidades pequenas e sem garagem.
O secretário de Relações Governamentais, João Antonio, afirmou que a gestão Haddad aceita negociar as regras relacionadas ao tamanho dos apartamentos que serão erguidos na região.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 8 de outubro de 2013