A inflação oficial ficou em menos de 6%, segundo o IBGE, e o seguro passou de R$ 1.500 para R$ 1.750. "Meu carro vale duas vezes e pouco menos do que a inflação e meu seguro custa três vezes mais do que a inflação. É difícil entender", diz o publicitário. A matemática dos corretores vai muito além do preço do carro. Eles levam em conta o roubo, perda, batida. O modelo de carro muito roubado fica mais caro. Motorista que não tem garagem ou com histórico de colisões paga mais.
A vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo, Cássia Del Papa, explica que as empresas levam em conta tudo isso na hora de calcular o valor da apólice.
No ano passado, o número de roubos no estado de São Paulo subiu 10%. Ainda tem o alto índice de acidentes que podem provocar a perda total do veículo e a seguradora tem que dar outro carro para o cliente ou o reparo. Aí, o problema é o custo e a falta de peças que encarece o conserto.
"A seguradora tem um custo. A cada 10 carros que ela segura, ela tem que deixar dois como reserva técnica. Significa que ela vai ter custo em pelo menos dois carros", explica a vice-presidente.
Para economizar no seguro, comprar um carro mais barato nem sempre é a saída, segundo os corretores. Em muitos casos, o preço da apólice de um carro popular, por exemplo, chega a R$ 3 mil, mesmo valor do seguro de alguns carros de alto padrão.
A corretora aconselha que o consumidor faça o caminho inverso. Primeiro veja o custo do seguro, para depois escolher o carro. "Ligar para o corretor, fazer cotação e ver qual o melhor seguro e o melhor preço para o automóvel."
Fonte: Jornal Hoje (Rede Globo), 26 de janeiro de 2013