O cadastramento, disse ele, é para tentar evitar fraudes, já que o novo bilhete vai permitir usar o sistema um número ilimitado de vezes pagando apenas uma tarifa.
O bilhete atual já foi alvo de golpes, como o "janelinha", que causou à prefeitura perdas R$ 200 milhões por ano. O usuário pagava uma tarifa mais baixa ao fraudador, que lhe entregava o bilhete e o recebia de volta pela janela do ônibus.
Para evitar problemas do tipo, será utilizado um sistema biométrico, pelo qual o passageiro terá de marcar sua digital no momento de passar o cartão pela catraca.
A nova tecnologia vai exigir a mudança dos validadores do bilhete nos ônibus.
Por isso, disse Tatto, o sistema só pode entrar em vigor no segundo semestre, após a licitação para a escolha das novas empresas que irão operar no transporte coletivo.
As viações terão de comprar novos validadores que permitam o uso do sistema biométrico.
O custo da troca dos equipamentos estará embutido nos novos contratos.
Numa primeira etapa, apenas os usuários do Bilhete Único Mensal - e suas variações semanal e diária - terão de se cadastrar. Mas a ideia, no futuro, é que todos os usuários tenham cadastro para que o bilhete possa ser usado para outros fins.
"Queremos expandir o Bilhete Único, por exemplo, para a Zona Azul e aluguel de bicicletas", afirmou Tatto.
R$ 140 e R$ 280
A implantação do Bilhete Único Mensal deve custar R$ 400 milhões por ano à prefeitura com o subsídio do novo sistema. Inicialmente, o usuário deverá pagar R$ 140 para poder usar os ônibus municipais quantas vezes quiser durante um mês.
Tatto disse que, para usar ônibus, metrô e trens, a tarifa pode ser de R$ 280 - o valor ainda não está definido.
Fonte: Folha de S. Paulo, 23 de janeiro de 2013