Os estudos de revitalização do Largo da Batata foram concluídos em 2001, mas só agora, com a abertura para consultas do edital de construção, a Prefeitura deu o primeiro passo para terminar o plano. Uma primeira fase de obras começou em 2007 e ainda não está concluída. Para esta nova etapa, a previsão é que a licitação para a escolha da empresa que executará a obra seja concluída em cerca de dois meses.
A obra deve custar R$ 140 milhões e vai durar um ano e meio a partir do início dos trabalhos. Isso significa que, se tudo correr como previsto, a revitalização será inaugurada em 2013 - quase dois anos depois do último prazo prometido pela Prefeitura, no segundo semestre deste ano.
Cerca de 120 km de cabos elétricos aéreos hoje suspensos nos postes da região serão enterrados. Entre as ruas que terão o cabeamento subterrâneo estão trechos da Avenida Brigadeiro Faria Lima e das Ruas do Sumidouro, Teodoro Sampaio, Paes Leme e Butantã. Essas e outras 16 vias também terão todas as calçadas reformadas e padronizadas.
Terminal
O projeto prevê ainda a construção de um terminal de ônibus intermodal de 4,8 mil metros quadrados onde hoje está a Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - assim, várias linhas de coletivos que hoje param no Largo da Batata serão transferidas para lá.
Outra promessa é a construção de uma garagem subterrânea no mesmo local, com capacidade para 450 veículos, para incentivar que motoristas deixem os carros ali e peguem o transporte público até seu destino.
Urbanismo
Grandes mudanças também estão previstas para a Rua Cardeal Arcoverde. A via será interrompida nos dois quarteirões próximos à Faria Lima, que serão fechados para o tráfego de veículos e transformados em calçadão para pedestres. Uma nova via deverá ser aberta por ali, para permitir que os ônibus cheguem da Faria Lima.
Entre as ruas que serão alargadas estão a Capri, a Eugênio de Medeiros e a do Sumidouro. O projeto prevê ainda que em todo o perímetro das melhorias urbanas serão realizadas obras de drenagem superficial e readequação da rede coletora de esgoto, para favorecer escoamento das águas da chuva e evitar a ocorrência de alagamentos.
Operação Urbana
Assim como as obras da primeira fase, todas as melhorias previstas nesta etapa do projeto serão realizadas por meio da venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Urbana Faria Lima - títulos que permitem construir imóveis com áreas superiores às permitidas pela Lei de Zoneamento.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 26 de maio de 2011