"Outro fator que dificulta a ação é o fato de as pessoas, em regra, não acionarem a Policia Militar no momento em que os crimes estão sendo praticados", diz a nota. "É fácil compreender por que isso ocorre: uma pessoa que sai para se divertir, por exemplo, não quer perder seu tempo registrando ocorrência numa delegacia de polícia. Contudo, sem a vítima não há crime, ficando os policiais, muitas vezes, de mãos atadas", falou a PM na nota.
Flanelinhas
Para a PM, a ação dos vendedores irregulares de Zona Azul é semelhante às dos flanelinhas. "Um dos problemas recorrentes em São Paulo é a ação de guardadores de carro, conhecidos como flanelinhas. O problema não está na ação de tomar conta de veículos, mas em condutas criminosas praticadas por quem executa tal serviço", diz a PM. "O crime de extorsão é caracterizado no momento em que a pessoa exige determinada quantia para autorizar o estacionamento em via pública", segundo a polícia. "A exigência vem em forma de ameaça. Caso o motorista não concorde em pagar adiantado, ouve frases como "não garanto que seu veiculo esteja aqui ou que esteja em ordem quando retornar". E não se trata de simples ameaça, pois são comuns relatos de pessoas que tiveram seus veículos danificados", segundo a polícia. "No caso em que o vendedor de Zona Azul oferece com valor acima do previsto, assemelha-se muito com a ação dos flanelinhas", diz a PM.
Fonte: Diário de São Paulo, 1 de maio de 2012