À época, o prefeito Luciano Ducci, em entrevista a um programa de rádio, disse ter ficado "indignado" com a multa e pediu "coerência" aos fiscais da Urbs, empresa da prefeitura que administra o transporte coletivo. Além disso, prometeu discutir soluções para o problema.
Fim das multas, mas nada de agasalhos
As soluções citadas pelo prefeito de Curitiba no ano passado ainda não foram discutidas. A assessoria de imprensa da Urbs informou ao UOL que os uniformes de inverno são uma questão a ser discutida entre Setransp e Sindimoc (sindicatos que representam, respectivamente, empresas e trabalhadores), e que por ordem do prefeito nenhum cobrador é multado se usar mantas ou cobertores.
A reportagem procurou o Setransp, que disse que não iria se manifestar. Um assessor ligado a uma das empresas de ônibus foi lacônico. "Isso é uma promessa do prefeito, não nossa." O Sindimoc disse que se reuniu na semana passada com Urbs e Setransp, mas que nada foi apresentado.
Cartão postal criticado
Criadas pelo então prefeito Jaime Lerner no início da década de 1990, as estações-tubo servem como plataforma de embarque em ônibus das Linhas Diretas e do sistema expresso da cidade.
Apesar de terem se tornado um dos cartões postais da cidade, sempre receberam críticas de usuários, que reclamam do frio nos meses de inverno (as estações são fabricadas em aço e vidro, são abertas nas duas extremidades e não têm sistema de aquecimento) e de calor no verão.
Também não dispõem de banheiros para os cobradores, que fazem turnos de seis horas e precisam usar instalações de estabelecimentos comerciais da redondeza.
Fonte: UOL, 28 de abril de 2012