Mais da metade das placas que apresentaram problemas (155 ou 59%) está encoberta por vegetação sem poda. Muitas sinalizações estão sujas de fuligem. O engenheiro de tráfego Sérgio Ejzenberg, que trabalhou na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) durante 13 anos, diz que esse é um problema grave. "Placas sujas perdem parte da reflexividade, e são menos visíveis à noite."
Das placas encobertas por vegetação, 50 (ou 19%) têm a informação de fiscalização fotográfica de velocidade e o limite de velocidade escondidos por mato ou apagados pelo desgaste do material exposto a intempéries. A situação é verificada em duas vias bastante arborizadas, como a Avenida Brás Leme, na zona norte, e a Avenida Sumaré, na zona oeste.
Na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste, e nas Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes, na zona sul, a maioria das placas está suja pela fuligem dos veículos. No centro, no único sentido da Avenida Higienópolis, das 61 placas observadas, 14 estão com problemas.
A Prefeitura informa que, por mês, em média, são lavadas 20 mil placas. Em outras 2.500 é feita manutenção. "A CET também providencia, mensalmente, a recolocação de cerca de 1.200 placas ocasionadas pela deterioração do material pelo uso ou pelo desaparecimento por possível furto", afirma a assessoria. Em 2009, a CET implantou cerca de 31 mil placas.
O advogado Cyro Vidal, ex-diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e integrante da comissão de trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), lembra que motoristas flagrados por radares onde as placas de sinalização ou de velocidade permitida estiverem encobertas por vegetação podem recorrer, porque a autuação é nula.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 4 de fevereiro de 2010