Queixas se repetem em seis bairros percorridos pela reportagem: Vila Madalena, na zona oeste; Jardins e Moema, na sul; Bela Vista, no centro; Tatuapé, na região leste; e Parada Inglesa, na norte. A reportagem passou por 11 dos 79 pontos do Táxi Amigão e ouviu queixas como a da farmacêutica Mariana Gava. "Eu não sei onde ficam", contou, enquanto tentava avistar os veículos do Amigão do outro lado da Rua Mourato Coelho.
Em uma hora e meia, ao menos 40 táxis passaram por ali. Desses, 12 eram Amigões, mas nenhum tinha o luminoso verde, como determina a Prefeitura. Em toda a cidade, dos 22 veículos identificados pela reportagem, só cinco respeitavam todas as normas. Os demais tinham luminosos tão claros que a diferença só era perceptível ao lado de um táxi comum. "A lâmpada fica acesa e gasta a cor", justificou um taxista no ponto da Avenida Luís Dumont Villares com a Rua São Leôncio, na Parada Inglesa.
Os taxistas que aderem ao programa rodam com bandeira 1 e, em compensação, têm prioridade em eventos. Eles são obrigados a oferecer o desconto durante toda a madrugada, o que raramente ocorre, pois não há respeito ao horário. A reportagem telefonou para todas as cooperativas cadastradas no programa. "É melhor agendar com umas duas horas de antecedência", afirmou o atendente de uma delas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 6 de fevereiro de 2010