Depois do por do sol, centenas de pessoas permaneciam dentro da água. Quem não pode ficar tão à vontade, no mar, suou, como o presidente Lula, durante a inauguração de um gasoduto em Duque de Caxias, mostrou reportagem do Jornal da Globo.
Esse calor todo que manteve cariocas e turistas na praia noite a dentro tem impacto direto no consumo de energia. Quem está nas casas, nos prédios, usa e abusa de itens como ventilador e ar condicionado. Os refrigeradores gastam mais.
Como o calorão se espalhou por quase todo o País, dia 3 de fevereiro o Brasil bateu o recorde histórico de consumo de energia. O aumento da produção industrial, por conta da recuperação econômica, é o outro fator que vem impulsionando o consumo.
Desde o dia 1º, são três dias consecutivos de quebra no recorde. O maior nível foi registrado dia 3, às 14h58: 70,4 mil megawatts.
Dias 2 e 3, o Operador Nacional do Sistema (ONS) usou energia de termoelétricas durante os horários de pico de consumo. Mas o ONS garante que essa medida foi para equilibrar o sistema e não por falta de energia.
"Não há nenhum problema quanto ao abastecimento, nem estrutural, nem conjuntural. Os reservatórios de todas as regiões estão praticamente cheios. Nós nunca estivemos numa condição tão favorável", afirmou o diretor do Operador Nacional do Sistema, Hermes Chipp.
Dia 3, no horário de pico, o consumo atingiu 65% da capacidade de geração de energia do País, que é de 107 mil megawatts.
Com os níveis dos reservatórios das hidrelétricas tão altos, especialistas também descartam o risco de um apagão por déficit de energia.
Fonte: Jornal da Globo, 3 de fevereiro de 2010