A relação entre o preço dos dois combustíveis atingiu 72,85% em janeiro, a maior em três anos. Em janeiro de 2007, a relação era de 56,80%.
Cálculos de especialistas, baseados no poder calorífico dos combustíveis, apontam que o álcool é competitivo até chegar a 70% do preço da gasolina. Para fazer a conta, deve-se dividir o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado ficar acima de 0,70, o álcool deixa de ser vantajoso.
A alegação dos usineiros para as altas no álcool é que as fortes chuvas vêm prejudicando a produção. Ao mesmo tempo, a maior demanda por açúcar no mercado internacional vinha fazendo com que parte da produção de cana-de-açúcar estivesse sendo direcionada para a produção da commodity.
Desde fevereiro de 2009, o álcool acumula alta de 35,27% em São Paulo.
O coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, que mede a variação dos preços na capital paulista, afirmou que o ritmo de alta do álcool deve ser reduzido neste mês, com a chegada da safra de cana-de-açúcar.
Fonte: Folha Online, 2 de fevereiro de 2010