Mais de 65% das rodovias federais estão em estado deficiente a péssimo. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para dar às estradas brasileiras a qualidade desejável, seriam necessários investimentos de R$ 183,5 bilhões. De acordo com o Ipea, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só cobre R$ 23 bilhões, 13% do valor necessário.
O estudo do Ipea mostra que o custo do frete no País é, em média, 28% mais caro do que seria se as estradas apresentassem condições ideais e mais de 60% do transporte de carga no Brasil são feitos pelas rodovias. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes diz que o Ipea não contabilizou R$ 10 bilhões destinados à manutenção das estradas. E que até 2015 estão previstos investimentos de mais R$ 50 bilhões.
Para o Ipea, o governo deveria também aperfeiçoar os contratos de concessão das estradas e exigir das concessionárias investimentos na ampliação da malha viária.
"A produção agrícola crescendo, a produção industrial crescendo, nós vamos ter um fluxo maior de movimentação de cargas e estas rodovias concedidas estarão de certa forma congeladas, porque os contratos não preveem ampliação", afirmou o coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Campos.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo), 25 de maio de 2010