Parking News

Quase 13 anos após entrar em vigor, o rodízio municipal de veículos de São Paulo perdeu praticamente toda a eficácia. A velocidade média dos veículos caiu 33% no horário de pico da tarde entre 1997, último ano antes da regra, e 2009 no corredor Consolação/Rebouças/Eusébio Matoso, o único monitorado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para avaliar os efeitos da restrição. Antes da vigência do rodízio, o tráfego fluía a uma média de 17,5 km/h entre as 17h e as 20h. No ano passado, o índice caiu para 11,7 km/h. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, os dados fazem parte do relatório informativo 12ª Avaliação da Operação Horário de Pico, elaborado pela CET.
Desde 1997, a companhia realiza medições da velocidade média dos veículos nas avenidas que compõem esse corredor. A própria CET reconhece que os resultados obtidos estão abaixo do esperado. "No que se refere à velocidade média do corredor monitorado, os resultados de 2009 foram positivos apenas no período da manhã, pois a velocidade média no horário das 7h às 10h continua superior a antes da Operação Horário de Pico", diz um dos trechos do relatório. O que levou a companhia a essa conclusão é o fato de a velocidade média dos veículos no pico da manhã estar atualmente apenas 1% acima do registrado em 1997 - passou de 18,5 km/h para 18,7 km/h. A tendência, no entanto, é de queda desse índice ao longo dos anos, se considerado que no primeiro ano após a implantação do rodízio o mesmo horário de pico teve ganho de 24% na velocidade média.
Frota
"A eficácia do rodízio vai se perdendo diariamente porque a demanda de veículos cresce em um ritmo muito acelerado. Por outro lado, o viário permanece o mesmo", diz Jaime Waisman, professor do Departamento de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O relatório aponta que a frota da capital cresceu 43,2% entre 1997 e o ano passado. No mesmo período, o aumento da população foi bem menor, de 8%. A cidade possui atualmente um índice de 61 veículos para 100 habitantes. Já o sistema viário paulistano cresceu de 13 mil km para aproximadamente 16 mil km desde 1976.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 1º de junho de 2010

Categoria: Cidade


Outras matérias da edição

Novo consumidor leva 18% dos carros (29/05/2010)

Após rodar durante muitos anos em um Santana 1985 e depois em um Corsa 1996, o casal Enilda Fabreti e Gabriel Aguiar da Silva comprou o primeiro carro zero, um Celta 1.0 básico que custou R$ 26 mil. C (...)

Lentidão volta a crescer na Marginal (27/05/2010)

Após uma grande melhora com o início de operação das novas pistas, a Marginal do Tietê voltou, em maio, a registrar longos congestionamentos. Nas três primeiras semanas do mês, a média foi de 73,51 km (...)

Flanelinha retira placas mais uma vez (29/05/2010)

A corrida de gato e rato entre flanelinhas e a empresa que administrará o novo sistema de Zona Azul na capital paraense ganhou mais um episódio inusitado. Ao mesmo tempo em que as placas que indicam o (...)

Cratera trava a Oscar Freire (1º/06/2010)

O cruzamento da Rua Oscar Freire com a Avenida Rebouças, nos Jardins, zona sul da capital, amanheceu dia 31 de maio separado por uma cratera. O buraco, com aproximadamente 2 metros de profundidade, co (...)


Seja um associado Sindepark