Para efeito de comparação, na cidade de São Paulo, em 2009, o trânsito matou 701 pessoas. A cidade possui estimados 11 milhões de habitantes contra 19,5 milhões de Nova York.
No estudo nova-iorquino foram analisados 7.000 acidentes ocorridos de 2002 a 2006 que deixaram ao menos um pedestre morto ou gravemente ferido.
Entre as conclusões do estudo, tido como o mais ambicioso já feito por uma cidade dos EUA, está a de que motoristas homens foram responsáveis por 80% dessas colisões. E eles têm nas mãos 57% de todos os veículos registrados em Nova York.
O estudo revelou ainda que, ao contrário do que se imaginava, táxis, ônibus e caminhões respondem a menos acidentes com pedestres do que os carros particulares.
Carros particulares estiveram envolvidos em 79% dos acidentes graves com pedestres enquanto táxis responderam por 13%; caminhões, por 4%, e ônibus, por 3%.
Os táxis respondem a apenas 2% dos veículos registrados em Nova York.
Probabilidades
Outra conclusão é a de que pedestres que atravessam fora das faixas de segurança se envolvem em menos colisões do que aqueles que seguem a norma. Mas eles também têm maior chance de morrer ou sofrer ferimentos graves.
Conforme o levantamento, cerca de 40% das colisões envolvendo pedestres aconteceram das 15h às 21h e, em 36% dos casos, a desatenção do motorista foi citada como principal causa.
Mudanças
O debate sobre a reestruturação já provoca críticas.
Entre as mudanças previstas estão proibir veículos de circular em algumas grandes avenidas e acabar com centenas de vagas para estacionamento para dar lugar a ciclovias e calçadas, além de instalar relógios de contagem regressiva em cruzamentos.
O projeto começará a ser implantado em 2011, com o fim de dezenas de vagas de estacionamento numa grande avenida de Manhattan - a prefeitura não revela qual.
Esse teste deverá impactar no cenário mais comum dos acidentes envolvendo pedestres: carros virando à esquerda, em cruzamentos.
A campanha também servirá para lembrar o limite de velocidade: 30 milhas/hora (menos de 50 km/h).
Fonte: O Estado de S. Paulo, 21 de agosto de 2010