Para sair de uma ponta da pista expressa e chegar até uma das saídas da pista local, o motociclista tinha antes que cruzar um monte de faixas. Com o trânsito carregado de carros e caminhões, era grande o risco de colisões e quedas. Em 2009, das 50 vítimas de acidentes na marginal, 26 eram motociclistas. Agora, com um número menor de faixas à disposição das motos, o número de mortes deve cair.
Mas uma regra de última hora trouxe dúvidas para todos. Em alguns trechos da marginal, em que há obras ou onde a pista central não existe, a circulação na pista expressa foi permitida.
Ou seja, trechos proibidos e liberados se alternam, e o motociclista tem dificuldade para identificar se está ou não cumprindo a regra.
Muita gente vai querer zanzar de um lado para o outro. A mudança constante de pistas, permitida pela emenda de última hora à proibição, pode colocar o motoqueiro em risco.
Ficou mais difícil, dessa forma, atingir o objetivo inicial da lei, que era melhorar as condições de segurança na marginal.
A única saída é a CET acabar de vez com as exceções e botar todas as motos para circular na pista local. É melhor para o trânsito e melhor para os motociclistas.
Fonte: Agora São Paulo, 18 de agosto de 2010