Ao todo, calcula-se que 1,8 milhão de famílias encontram-se endividadas na cidade de São Paulo. A proporção de famílias com contas em atraso caiu 1 ponto porcentual neste mês em relação a julho, ficando em 14%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda é de 5 pontos percentuais.
A fatia das famílias que acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas nos próximos meses recuou de 11% em julho, para 5% em agosto. "Frente aos 8% de inadimplência, registrados em agosto do ano passado, a situação atual mostra que as famílias estão administrando melhor suas finanças pessoais", ressalta a entidade em relatório.
Na avaliação da assessora econômica da Fecomercio, Adelaide Reis, os resultados refletem a expansão do emprego e da renda familiar, assim como o aumento da oferta de crédito e a elevação da confiança do consumidor.
O estudo da Fecomercio ainda mostra que as dívidas com cartão de crédito são as mais comuns entre as famílias paulistanas, respondendo por 69% dos compromissos assumidos em agosto. Nas compras financiadas, o carnê é o meio de pagamento preferido (24%), seguido pelo crédito pessoal (9%), pelo cheque especial (9%) e pelo crédito a veículos (8%).
Comprometimento de renda
Em agosto, 49% das famílias endividadas de São Paulo apresentavam entre 11% e 50% da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 24% das famílias endividadas, esse comprometimento era superior a 50% da renda, enquanto para 21% o comprometimento era inferior a 10%.
De acordo com o levantamento, dentre as famílias que não conseguem pagar suas contas, 47% estão com pagamentos atrasados há mais de 90 dias. Outros 29% têm contas em atraso por até 30 dias e 23% das famílias têm atrasos entre 30 e 90 dias. Em média, o tempo de atraso no pagamento de contas é de 61 dias.
Fonte: jornal Valor Online, 20 de agosto de 2010