Viagens que, como reconhece Branca, seriam, em boa parte, dispensáveis - com medidas mais racionais de deslocamento, como a carona solidária, e melhorias nos serviços de peruas escolares e do transporte coletivo.
O movimento pendular - casa-escola, escola-casa - de carros foi mapeado neste ano e apresentado no 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito pela especialista, a partir de levantamentos da última pesquisa Origem/Destino de 2007 do Metrô.
Esse volume de carros em duas horas não conta os que estendem a viagem em atividades complementares - como ir ao trabalho, ao mercado ou à academia.
Equivale à frota inteira de cidades do interior paulista como Guaratinguetá, Vinhedo e Paulínia.
A demanda representa 5,3% das viagens de carro nesse horário. O impacto não é pequeno, afirmam técnicos.
O número de veículos supera a frota inteira de ônibus (urbanos, rodoviários e fretados) da cidade de São Paulo.
Escolar
Apesar do avanço do transporte escolar nos últimos anos, deslocamentos a pé e de carro ainda predominam na cidade de São Paulo por motivo de educação.
E com qual idade um estudante poderia ir à escola sozinho de ônibus ou de metrô, de forma segura?
Para Ailton Brasiliense, presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), é "razoável" considerar essa possibilidade a partir dos 10 anos, embora com diversos condicionantes. "Depende se ele desperta confiança, se distingue riscos básicos. Mas isso contribui para a própria maturidade", afirma.
Fonte: Folha de S. Paulo, 13 de novembro de 2011