Com o instrumento, veículos de qualquer um dos quatro países poderão circular livremente nos vizinhos. O cadastro será integrado, e as multas, também. A cobrança única de infrações, no entanto, não é o foco da medida.
"A ideia da placa não é penalizar, a ideia da placa é muito simples: é pra botar o Mercosul na garagem de todos vocês", explica o embaixador Antônio José Ferreira Simões, subsecretário-Geral para América do Sul, América Central e Caribe do Itamaraty.
A placa terá o símbolo do Mercosul. A primeira foi usada num ônibus movido a etanol em que os presidentes do bloco se deslocaram no encerramento da Cúpula Social do Mercosul, dia 16, em Itaipu. Já a combinação de números será determinada pelas autoridades de cada país.
Segundo o embaixador, a placa única vai melhorar a segurança e a livre circulação dos habitantes dos países do bloco. "Assim como as pessoas se sentem cidadãs da Europa, vão se sentir cidadãs do Mercosul", diz.
O primeiro passo para a implantação da proposta será o cadastro de cerca de 100 mil veículos que fazem o transporte de carga e o transporte rodoviário entre os países do Mercosul. "Vários desses veículos já têm três ou quatro placas de carro. Vamos usar a base de dados destes veículos, eles serão os primeiros a ter uma placa do Mercosul."
Atualmente, os veículos de carga e de passageiros que transitam no Mercosul são obrigados a ter o Certificado de Inspeção Técnica Veicular (CITV), que comprova suas condições de segurança.
Fonte: portal G1, em Foz do Iguaçu, 16 de dezembro de 2010