Estão sendo erguidas duas linhas de barreiras - uma no canteiro central e outra na faixa lateral da rodovia, próximo do muro do Condomínio Residencial Tamboré 1. Cada uma terá cerca de 700 metros de extensão.
A luta dos moradores contra o barulho do Rodoanel começou em 2003, quando a Associação Fazenda Tamboré Residencial ingressou com ação para obrigar a Dersa a instalar as contenções acústicas. Dois anos depois, a 1ª Vara de Barueri determinou a colocação da barreira. Embora estivesse prevista no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental do Trecho Oeste, a exigência jamais havia sido cumprida.
Num dos acórdãos do Tribunal de Justiça de São Paulo sobre o caso, o desembargador relator, Torres de Carvalho, advertiu a Dersa. "Percebe-se que a ré não compreendeu ou não quis compreender a sentença e o acórdão. Há duas opções: a ré pode construir a barreira acústica sugerida pela autora ou pode construir outra de outro tipo, desde que eficaz para mitigar os ruídos; mas o prazo para execução é um só".
A Dersa diz que "não se negou a fixar prazo para construção de barreira, apenas achou insuficiente, à época, o prazo concedido pelo Judiciário".
Para lembrar
"Asfalto silencioso" já foi testado
Essa não é a primeira vez que se tenta amenizar o barulho criado pelo intenso tráfego de veículos no Rodoanel. Perto de onde estão sendo erguidas as barreiras sonoras, a concessionária CCR testou um asfalto "silencioso".
O pavimento, que entre seus componentes tem borracha de pneu reciclado, também evita o chamado "splash", spray de água formado a partir da passagem dos carros. O material começou a ser colocado entre os km 20 e 23,5 do Trecho Oeste do Rodoanel para avaliação dos resultados. Moradores dos condomínios vizinhos da rodovia, no entanto, dizem que o pavimento tem pouco efeito na redução do barulho.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 15 de dezembro de 2010