Caso o Brasil integrasse o rol dos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), perderia apenas para a Dinamarca (48,2%), Suécia (46,4%), Itália (43,5%) e Bélgica (43,2%).
De acordo com a vice-presidente do IBPT, Letícia do Amaral, é surpreendente o fato de o Brasil ficar atrás somente de países europeus, altamente desenvolvidos. "Ao contrário do Brasil, eles prestam serviços públicos de qualidade, garantindo à sua população saúde, segurança, educação, previdência social, boas estradas, reembolso de medicamentos, auxílio moradia e outros", afirma.
No Brasil, a população precisa trabalhar 150 dias para custear a cobrança de tributos por parte do governo. "O brasileiro ainda tem de trabalhar outros quase cinco meses somente para pagar, ao setor privado da economia, os serviços públicos essenciais que o governo deveria garantir-lhe, pois é essencialmente para isto que os tributos são pagos", diz Letícia.
Quedas e altas
No ano passado, por conta do declínio da atividade econômica e do corte de tributos, em função da crise econômica mundial, alguns países tiveram queda na carga tributária, sendo as mais expressivas no Chile (de 22,5% em 2008 para 18,2% em 2009), no México (de 21% em 2008 para 17,5% em 2009) e na Grécia (de 32,6% em 2008 para 29,4% em 2009).
Outros países, no entanto, registraram aumento, como é o caso de Luxemburgo (de 35,5% em 2008 para 37,5% em 2009), Suíça (de 29,1% em 2008 para 30,3% em 2009) e Eslovênia (de 37,2% em 2008 para 37,9% em 2009).
Fonte: site Infomoney, 17 de dezembro de 2010