A situação piora nos fins de semana. Nas vezes em que a atendente não deixa o usuário na espera, a resposta é quase sempre a mesma. "Estamos com excesso de atendimento nessa área e sem carro", informou às 18h30 de sexta-feira a Central Táxi, cooperativa de 900 veículos, para um cliente na Vila Madalena.
Ir ao aeroporto de Guarulhos só é possível com hora marcada. "Temos táxi com agendamento dois dias antes", informa a São Paulo Táxi, cuja frota é de 400 carros. Já o radiotáxi Vermelho e Branco, que presta serviços em Congonhas, não consegue atender à demanda de 2.100 corridas por dia para 625 carros. A espera por um táxi no domingo à noite chega a 90 minutos. No mesmo horário, é comum ver filas de pessoas nos pontos em estações do metrô e na Rodoviária do Tietê.
As chuvas também explicam o aumento na procura. "Quem poderia sair do shopping para procurar táxi na rua fica no ponto do estacionamento. As filas são de até 70 minutos no Bourbon e no Santa Cruz", observa o taxista Geraldo Ferrari.
A situação desagrada aos taxistas, que não contam com a mesma procura no restante do ano. Conforme a pesquisa "Origem e Destino" do Metrô, a procura por táxis caiu 11,95% em 10 anos, passando de 103.397 deslocamentos diários para 91.043.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 21 de dezembro de 2010