A reportagem conversou com gerentes ou proprietários de três estacionamentos em Santana, na Zona Norte, três no Tatuapé, na Zona Leste, quatro no Centro, em frente ao Mercadão Municipal, e dois na Vila Mariana, na Zona Sul.
Além dos oito que garantiram manter o valor cobrado atualmente, três disseram não ter certeza se vão onerar um pouco mais o motorista e apenas um cravou o aumento. Foi o caso do Estacionamento EF Park, localizado na Rua Alferes Magalhães, no Tatuapé. Hoje, estacionar por 30 minutos no local custa R$ 5; uma hora vale R$ 8; as demais, R$ 2; e o período, R$ 15. Desde o dia 1º, os valores são de R$ 7, R$ 9, R$ 3 e R$ 18, respectivamente. "A maioria das folhas (de Zona Azul) é vendida no mercado paralelo, na rua. Hoje, o preço na mão desse pessoal é de R$ 5 e vai custar no mínimo R$ 7. Mesmo com esse reajuste que vamos fazer, a clientela está garantida, pois aqui tem seguro", disse o gerente do local, Wilson Roldão.
A cabeleireira Josi Matos se diz refém de todos esses reajustes. "Eu duvido que não vão aumentar (os estacionamentos). Todos vão. E nós não temos para onde fugir. Se corremos da Zona Azul e dos estacionamentos, caímos nas mãos dos flanelinhas."
No Centro, os preços das garagens são os mais caros. A hora mais barata gira em torno de R$ 20. "Não vamos mudar por conta da Zona Azul", garantiu o gerente do estacionamento São Bento Park, Arlon Nascimento. "Nossa política de preços não tem relação com a Zona Azul", disse Martelo Dionisio Silva, um dos responsáveis pelo Gira Park, também no Centro.
O SINDEPARK (sindicato da categoria) informou que não interfere no valor cobrado. "O preço leva em consideração, principalmente, o valor do aluguel, que compromete grande parte do faturamento da empresa."
Fonte: Diário de S. Paulo, 31 de julho de 2014