Parking News

De forma discreta, a gestão Fernando Haddad abriu dois estacionamentos públicos. Eles ficam nos terminais de ônibus Pinheiros (zona oeste) e Jardim Ângela (zona sul) e têm, juntos, 955 vagas. A primeira hora custa R$ 8 e R$ 3, respectivamente. Com o aumento da Zona Azul, que passou para R$ 5 em 1º de agosto, estacionar o carro por duas horas na rua ou no estacionamento de Pinheiros vai custar a mesma coisa - R$ 10.
No caso do Jardim Ângela, a diária hoje custa R$ 8, mas a partir do dia 1º passou a ser de R$ 5. Ou seja, uma hora na Zona Azul custa o mesmo que deixar o carro um dia inteiro no estacionamento - que é coberto e tem seguro.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), responsável pelos locais, as tarifas foram definidas "com base em estudos com tomada de preços nos estacionamentos das regiões".
GESTÃO
A construção dos dois estacionamentos foi iniciada na gestão Gilberto Kassab, que defendia os espaços para atrair motoristas e fazê-los utilizar o transporte público em parte dos deslocamentos.
Em Pinheiros, o projeto do terminal foi alterado e incorporou as vagas no subsolo.
No Jardim Ângela, foi construído um edifício-garagem de cinco andares, por R$ 8,7 milhões, que também serve ao hospital municipal M Boi Mirim.
As duas obras estavam praticamente prontas desde o início da gestão Haddad, mas não eram usadas porque a prefeitura tentava dar outro uso para os espaços. No prédio da zona sul, foi avaliada até a instalação de serviços como postos de saúde.
A administração Haddad tem sido marcada por uma série de medidas que desestimulam o uso do carro - incluindo a restrição de vagas.
Além do aumento do cartão de Zona Azul, o número de vagas cobradas subiu 9%. E, no mês passado, o preço das garagens subterrâneas Trianon e Clínicas também subiu - a primeira hora passou de R$ 12 para R$ 15.
As novas garagens foram abertas no dia 9 de junho, mas a divulgação oficial foi tímida. Limitou-se a comunicado no site da CET e faixas colocadas nas entradas.
As garagens ainda são pouco usadas. Na quinta-feira (24), havia apenas 56 carros em Pinheiros às 17h30 - 13% da capacidade. Um estacionamento em frente, sem cobertura e que cobra R$ 10 a primeira hora, estava cheio.
A CET diz ainda não ter levantamento de quantos veículos passaram pelo local.
A garagem não tem manobrista, o próprio motorista estaciona e leva a chave. O controle é feito por cancela eletrônica e tíquete, que precisa ser pago em um guichê na bilheteria do terminal - por enquanto, apenas em dinheiro.
ROOSEVELT
A explicação oficial da demora na inauguração é que foi preciso fazer licitação que selecionou uma empresa para operar os estacionamentos. A vencedora foi a TB Serviços, contratada por 12 meses por R$ 1,1 milhão.
Ela também será responsável pela garagem subterrânea da praça Roosevelt, na região central, espaço público que comporta mais de 300 vagas.
A obra está pronta, mas a CET diz que ainda aguarda a formalização da documentação para que o estacionamento passe por adequações para receber as cancelas, câmeras e o sistema de cobrança.
A companhia, porém, não informou a previsão de inauguração do espaço.
Outras duas garagens públicas, no Mercadão e na rua 25 de Março, tiveram a licitação suspensa pelo Tribunal de Contas do Município.
Fonte: Folha de S. Paulo, 30 de julho de 2014

Categoria: Cidade


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