O número de modelos pode crescer, uma vez que o problema só é detectado quando o motorista faz a inspeção. Na hora da análise, a Controlar leva em conta o limite estipulado na portaria da Secretaria do Verde e Meio Ambiente que dispõe das regras do processo. O documento, por sua vez, teve como fonte os limites disponíveis no site das montadoras. "Percebemos pelo menos dez casos em que houve esse problema e cabe às montadoras apresentar as divergências (à secretaria)", afirmou o diretor executivo da Controlar, Eduardo Rosin. O ruído tem apresentado um índice de reprovação de quase 1% da frota, segundo a Controlar. Cerca de 70 mil.
Reprovado
O economista Sérgio Schwarz, de 60 anos, não entendia o motivo de sua Pajero TR4 ser reprovada. No mês passado, foram cinco reprovações. "No manual do meu carro tinha o valor de 94,5 dB (nível de ruído), mas no canhoto da Controlar com a reprovação aparecia 85", diz ele, que já pagou três vezes a taxa de R$ 61,89. "Ainda estou no prazo, mas não sei o que fazer."
Não há previsão para que os valores corretos sejam atualizados nos modelos da Mitsubishi e da Mercedes. As empresas afirmam que já repassaram os novos valores à secretaria. Ambas informaram que quem tiver prejuízo pode procurar a empresa. A Mitsubishi informou que já entrou em contato com Schwarz para resolver o problema.
Apenas a Yamaha XT660 R teve a informação corrigida em portaria publicada dia 12 de abril no Diário Oficial, que atualizou novos modelos das fabricantes citadas - além da Kia Motors. Foi modificado o limite de rotação do motor na hora da inspeção, que originalmente estava mais alto que o correto. A empresa também informou que os proprietários que se sentirem lesados podem procurar o serviço de atendimento.
A Assessoria de Imprensa da Secretaria do Verde não informou quais foram as alterações trazidas pela portaria e por que não houve alterações nos limites da Mitsubishi e da Mercedes.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 13 de abril de 2011