De lá para cá, foram quase 6 mil atendimentos gratuitos, segundo o jornal Estado de S. Paulo. "Setenta por cento dos que nos procuram acabam retornando sempre", diz a professora de português Flora Bender, que atende ali três vezes por semana. Mas os números são com o professor de matemática Júlio César da Silva, que coordena o projeto. "Sessenta por cento dos que nos procuram têm entre 20 e 40 anos. Cinquenta por cento vêm porque estão se preparando para algum concurso. Trinta por cento querem reforço escolar. O restante aparece com alguma dúvida esporádica, algo que viu no jornal, na TV..."
É só chegar e sentar. Para fins estatísticos, o aluno preenche uma fichinha com nome, idade e motivo da procura. Em uma mesa, português; na outra, matemática.
"As dúvidas mais comuns são sobre regra de três, porcentagens e equações", comenta o professor Júlio. "São os assuntos que dão base aos demais da área." Ah, bom.
Na outra mesa, a professora Flora se divide entre Piedad e Alexandre. No meio, um dicionário. Daqueles grandões, pesados, que impõem respeito. "Crase, acentuação, coerência e coesão do texto, concordância, regência..." - Flora tem na ponta da língua as principais dúvidas dos alunos. "E a reforma ortográfica, que ainda preocupa todo mundo."
Cada aluno tem direito a 30 minutos. Se não tiver ninguém na espera, ganha prorrogação - e a aulinha pode chegar até a uma hora e meia. Há 12 professores da Estácio no projeto - eles se revezam ao longo da semana nos dois postos, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h na Consolação e das 10h às 19h no Brás.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 15 de abril de 2011