De acordo com a EPA, os resultados preliminares "parecem bons". O Departamento de Agricultura (USDA) considerou a notícia positiva para a indústria de etanol dos Estados Unidos, cuja principal matéria-prima é o milho.
Um porta-voz da Associação de Combustíveis Renováveis (RFA) lembrou que este é o segundo adiamento desde que foi proposta a autorização do E15 e chamou a notícia de "decepcionante". A RFA considera o anúncio da EPA uma falta de compromisso com suas responsabilidades e prevê que a agência do governo excluirá muitos tipos de automóveis da nova permissão.
Mas o secretário do USDA, Tom Vilsack, disse que o pronunciamento da EPA é um "sinal verde" para que o governo comece a aumentar o apoio para expandir a produção e a distribuição de etanol. "Isso oferece um direcionamento para construir uma indústria doméstica de biocombustíveis mais forte, criando um mercado para expandir o consumo de etanol nos Estados Unidos", declarou.
O economista-chefe do USDA, Joe Glauber, disse recentemente que permitir a mistura a 15% é importante para os produtores de etanol e de milho, pois a demanda permanece limitada com os atuais 10%. Ele espera que a produção de etanol neste ano alcance cerca de 13 bilhões de galões (49,2 bilhões de litros). Glauber acrescentou que não há muito espaço para aumentar a produção e a capacidade limite é de 15 bilhões de galões por ano (56,77 bilhões de litros).
De acordo com a última estimativa do USDA, a indústria de etanol dos Estados Unidos deve consumir 4,55 bilhões de bushels de milho (115,57 milhões de toneladas), ou cerca de 35% da safra do ano passado.
Segundo a RFA, se a EPA aprovar a mistura a 15% para todos os carros, corresponderia a um "crescimento potencial de 6,5 bilhões de galões (24,6 bilhões de litros) em nova demanda, evitando a importação de mais de 200 milhões de barris de petróleo". Mas, segundo a associação, se a EPA restringir o consumo a alguns tipos de veículo, a demanda aumentará pouco.
Fonte: Agência Estado, 18 de junho de 2010