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Três anos após decisão do TJ, flanelinhas continuam atuando (Ribeirão Preto/SP)

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Rodrigo Lins, 25 anos, trabalha há três meses como vendedor no Boulevard, em Ribeirão Preto, e entre as primeiras tarefas da manhã ele diz já ter incluído a de lidar diariamente com os guardadores de veículos da avenida Nove de Julho, popularmente chamados de flanelinhas.

“Eu sou contra, porque, se eu tiver de pagar todos os dias para estacionar meu carro em via pública, mesmo que seja R$ 1 ou R$ 2, o salário que recebo não vai compensar. Na verdade, acho um absurdo, mas, muitas vezes, vejo que as pessoas desembolsam ao se sentirem ameaçadas – isso já aconteceu comigo. Agora, simplesmente falo não e saio andando”, afirma.

E é o que acontece. Apesar da proibição judicial, não é difícil encontrar homens e mulheres exercendo este tipo de atividade pelas ruas do município. Em menos de 20 minutos, A Cidade flagrou três pontos apenas na zona Sul, entre as ruas Visconde de Inhaúma, Quintino Bocaiúva, Eliseu Guilherme e, principalmente, na avenida citada por Rodrigo, a Nove de Julho.

Extorsão é crime!

Dia24, adecisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou como irregular a atuação de guardadores de carros em Ribeirão Preto, completou três anos. À época, Carlos Cezar Barbosa, autor da ação civil e, hoje, vice-prefeito, informou que o processo foi motivado por denúncias de extorsão e, ainda, uma disputa de pontos entre dois flanelinhas.

Em nota, o diretor do Departamento de Fiscalização Geral da Prefeitura de Ribeirão Preto, Antônio Carlos Muniz, informou que, até hoje, não foi feito nenhum tipo de fiscalização em relação à atividade, pois, embora exista a decisão do TJSP, ainda não há lei que determine que o trabalho seja feito pelo poder público – ou seja, “não temos competência legal para realizar tal fiscalização”.

Disse, ainda, que “para tomar providências, é necessário que haja embasamento legal [...]. Casos de extorsão são de competência exclusiva da PM”, completa a nota.

A multa, também determinada pelo TJ em 2014, deveria ser aplicada àqueles que descumprissem a decisão, com valor de R$ 1 mil. No entanto, não há recorrência.

A Polícia Militar informou que todo o efetivo realiza ações diariamente para coibir a prática de extorsão, ameaças e dano material, que são classificadas como graves.

Fonte: A Cidade - Ribeirão Preto - 26/07/2017

Categoria: Geral


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