A SPMar estima que os aparelhos comecem a funcionar em um mês. A concessionária já desenvolveu estudo dos pontos onde os radares serão instalados, mas a localização deve ser aprovada pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Depois da implantação, o órgão regulador ainda precisa aferir os equipamentos - procedimento necessário para conferir se o aparelho está configurado corretamente, de acordo com os limites estabelecidos. A Artesp informou que não há datas definidas para o início da fiscalização eletrônica.
A equipe do Diário percorreu no fim de semana o trecho entregue e constatou que o excesso de velocidade é frequente. Andando na velocidade regulamentada, o carro da reportagem foi ultrapassado por diversos veículos. Mesmo após a instalação dos radares, grande extensão de área ficará sem fiscalização eletrônica. Isso porque, quando concluído, o Trecho Leste terá 43,5 km. Os seis radares fixos correspondem a um equipamento a cada 7,2 km. No setor Sul, a média é de um a cada três km.
A asa Leste do Rodoanel está aberta para o tráfego desde o começo do mês. A via foi inaugurada de forma parcial, já que não está concluída a obra de 5,8 km de pistas, que darão acesso à Rodovia Presidente Dutra. A previsão é que a inauguração total ocorra em agosto, cinco meses depois do prazo previsto no contrato, assinado em 2011. A SPMar foi multada em R$ 5,3 milhões em razão dos 114 dias de atraso para entrega da primeira etapa.
A concessionária estima que, após a finalização, passem pelo trecho aproximadamente 48 mil veículos, sendo 25,5 mil caminhões. Levantamento da Artesp aponta que a via irá reduzir em 15 minutos o tempo de viagem entre o Trecho Sul e a Rodovia Ayrton Senna, passando de 38 para 23 minutos. Até então, o trajeto deveria ser feito pela Avenida Jacu-Pêssego. O montante para construção do setor Leste foi de R$ 3,2 bilhões, valor investido integralmente pela iniciativa privada.
A tarifa básica de pedágio na via - que ainda não tem data para começar - será de R$ 2,10. O pagamento será efetuado apenas nas saídas do trecho.
Índio Tibiriçá ganha neste mês dez lombadas eletrônicas
Até o fim do mês, a Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031) ganhará 13 equipamentos para fiscalização de velocidade. Além das dez lombadas eletrônicas, também haverá três radares móveis. O objetivo é reduzir o número de acidentes na via, que já foi conhecida como a Estrada da Morte.
No ano passado, a Índio Tibiriçá registrou 525 acidentes, incluindo 24 atropelamentos. Em 2012, foram 535 ocorrências, sendo que o número de pedestres envolvidos foi o mesmo de 2013. Os dados são da Polícia Militar Rodoviária. Não foi informado o número de vítimas fatais no biênio.
Dos 13 radares, seis ficarão no Grande ABC, sendo dois em Santo André e quatro em Ribeirão Pires. A via também passa por São Bernardo, mas não serão instalados equipamentos na área pertencente ao município. Os limites de velocidade mudam conforme o trecho, variando de 40 km/h a 80 km/h.
Fonte: Diário do Grande ABC (Sto. André), 9 de julho de 2017