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Os primeiros sinais de que a crise bate à porta apareceram na semana passada para a indústria automobilística, com a subida das taxas médias de juros para financiamentos e o encolhimento dos prazos. Porém, segundo representantes do setor, ainda não são suficientes para alterar os planos de investimentos das montadoras, informa o jornal Estado de S. Paulo. "Estamos olhando o Brasil com as mesmas condições de crescimento estrutural. A serenidade vai voltar ao mercado", diz Jackson Schneider, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que estima crescimento de 15% na produção nacional em 2008, em comparação ao ano anterior.
A Ford teve aumento de 8% nas vendas nos primeiros dez dias de outubro, ante o mesmo período de 2007. Já em relação a setembro, o número de veículos vendidos entre 1º e 10 de outubro mostrou uma queda de 1,2%. "Há uma redução no ritmo do crescimento, mas ele continua existindo", diz o diretor de assuntos governamentais da empresa, Rogélio Golfarb. "Não estamos em contração ainda, nem temos planos de tirar o pé do acelerador." A montadora descarta, por enquanto, dar férias coletivas ou mesmo diminuir o ritmo da produção.
Há duas semanas, GM e Fiat anunciaram férias coletivas para parte de seus empregados, negando, porém, qualquer relação com redução da demanda interna. Mesmo sem desconsiderar uma redução da produção, as montadoras deixaram claras suas preocupações com a maior restrição ao crédito para compra de veículos nos últimos dias. Ford, GM e Volkswagen anunciaram condições especiais para financiamentos, baixando a taxa de juros para até 0,99%, em alguns casos.
Temendo queda nas vendas, concessionárias também sacrificaram margens e passaram a oferecer descontos à vista para alguns modelos. Apesar do esforço, analistas apostam que haverá uma desaceleração do setor. "A crise terá um impacto negativo na concessão de crédito, que ficará mais escasso e caro", diz a vice-presidente da consultoria Booz & Company, Letícia Costa. Cerca de 65% das vendas no País são feitas a prazo. Segundo Letícia, as montadoras devem reduzir o ritmo de sua produção como resposta à situação. Para o diretor-executivo da TBM Consulting para a América Latina, Carlos Louzada, a restrição ao crédito vai puxar uma queda de 20% a 30% nas vendas do último trimestre do ano, comparado com o mesmo período de 2007. "Com prazos menores, a capacidade de endividamento vai aumentar. Isso deve afastar essa parcela (20% a 30%) de consumidores", diz.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 13 de outubro de 2008

Categoria: Geral


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