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Estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) aponta para queda no número de acidentes e atropelamento nas vias que, desde 2011, tiveram redução na velocidade. Nas avenidas 23 de Maio e Rubem Berta, a queda foi de 38%. Nas vias de grande fluxo em que a velocidade foi reduzida desde 2011, o número de acidentes caiu, aponta o Diário de São Paulo.
Na Zona Norte, entre as avenidas Luiz Dumont Villares, General Ataliba Leonel, Tiradentes e o Túnel Anhangabaú, os acidentes tiveram redução de 26%. Nas 17 vias da Zona Sul, esse número chega a 19%. No Corredor Leste-Oeste, entre as avenidas Francisco Matarazzo, Radial Leste e José Pinheiro Borges, os acidentes diminuíram 14%.
Esse é o principal argumento de defesa do prefeito Fernando Haddad para diminuir a velocidade em mais nove vias na região central da capital. Na Praça João Mendes, Avenida Rangel Pestana, Viaduto e Avenida Mercúrio, Rua Senador Queirós, Avenida Ipiranga, Avenida São Luís, Viaduto Nove de Julho e Viaduto Maria Paula os veículos vão poder circular a, no máximo, 40 km/h. Hoje o permitido é 60 km/h. Na Avenida Paulista, a velocidade vai ser padronizada em 50 km/h.
Controvérsia
A medida divide opiniões de especialistas. Há quem levante a bandeira do aumento dos congestionamentos com os carros andando mais devagar. Outros a defendem justamente porque os acidentes também caem por consequência. ?Diminuir a velocidade nas vias que têm mais tráfego de pessoas é uma tendência no mundo inteiro. Além de diminuir o número de acidentes, o risco é menor quando há uma batida?, afirma o especialista em trânsito Horácio Figueira.
Para o presidente da Comissão de Trânsito da OAB-SP, Mauricio Januzzi, a redução não resolve. ?Considero uma medida inócua. Já não se anda nessas vias na velocidade máxima. É preciso fiscalizar.?
Precisamos tirar o controle dos radares dos motoristas
Mesmo discordando sobre os resultados que a redução da velocidade máxima nas vias traz, em um ponto os especialistas em trânsito Horácio Figueira e Maurício Januzzi concordam. É preciso intensificar a fiscalização e punir os maus motoristas. ?Precisamos tirar o controle dos radares das mãos dos motoristas?, afirmou Horácio Figueira. Ele defende uma rotação dos lugares onde os aparelhos eletrônicos de fiscalização são instalados. ?Pode ter dez radares, mas cem caixas vazias. Os aparelhos devem ser trocados de caixas com regularidade para enganar o motorista?, explica Horácio. Para o advogado Mauricio Januzzi, o efeito da redução da velocidade nos acidentes pode até ser sentido nas madrugadas, mas durante o dia a única solução é a fiscalização.
Fonte: Diário de S. Paulo, 30 de setembro de 2013

Categoria: Geral


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