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O supervisor comercial Felipe Santos mora na zona leste de São Paulo e trabalha em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Além dos R$ 500 que gasta todo mês com combustível, ele desembolsa mais de R$ 250 para estacionar seu Peugeot 207. Estudo realizado no mês passado pela consultoria imobiliária Colliers aponta que o preço médio da diária de estacionamento na capital é de R$ 30,60. Em 2011, o mesmo serviço custava R$ 27,13. O aumento, acima de 27%, equivale a quase quatro vezes mais do que a inflação entre 2011 e 2012, que foi de 5,84%. Na maioria dos casos, os reajustes são anuais, ressalta o Primeira Página.
Santos considera os preços das mensalidades muito salgados. Ele também questiona os valores cobrados para deixar o carro em vagas avulsas quando tem de ir a algum compromisso. ?Não concordo em ter de pagar um alto preço se a maioria dos estabelecimentos não se responsabiliza em caso de danos ou furtos.?
O dentista José Marques, que trabalha em diferentes regiões da cidade, vive esse martírio constantemente, mas não reclama. ?O valor é compatível com a segurança que os estabelecimentos proporcionam. É melhor que parar o carro na rua?, afirma.
Levantamento feito pela Colliers em 2012 ? os dados relativos a 2013 só devem ser divulgados em outubro ou novembro ? mostra que os paulistanos não têm muito do que se queixar. São Paulo ficou na 61ª posição do ranking de preços de estacionamentos que engloba 77 cidades pelo mundo.
O preço médio da diária em Melbourne, na Austrália, foi de R$ 139,90 ? o mais caro da lista. No Rio de Janeiro, parar o carro por um dia em estacionamentos custava R$ 41,65.
Alta constante
Presidente do Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo, Marcelo Gait afirma que as tarifas são determinadas a partir de diversas variáveis. ?A começar pelo preço da locação do terreno, que varia muito dentro da cidade. Há ainda os salários dos funcionários, os contratos com as companhias de seguros, os tributos e o custo dos equipamentos de segurança, entre outros.?
Segundo a Colliers, um fator que pode gerar aumentos nos preços é o investimento em regiões específicas, como a Barra Funda e Pinheiros, na zona oeste, e Berrini, na zona sul da capital. ?Elas começaram a apresentar altas depois que a Prefeitura fez intervenções, como a revitalização do Largo da Batata, que contribuiu, ao menos em parte, para a alta de 26,68% dos preços cobrados pelos estacionamentos na área de Pinheiros?, diz a vice-presidente da empresa, Sandra Ralston.
Racionalização
Para melhorar esse cenário, o executivo acredita que os motoristas terão de usar seus veículos de forma cada vez mais racional. ?É preciso ampliar a infraestrutura de transporte público e a oferta de vagas em garagens e bolsões públicos.?
Em relação aos estacionamentos privados, Gait afirma que as empresas terão de reduzir cada vez mais seus custos operacionais. ?Principalmente os valores de locação dos espaços utilizados para oferecer vagas.?
Fonte: Primeira Página (São Carlos-SP), 1 de setembro de 2013

Categoria: Mercado


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