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Bater um automóvel pode resultar em problemas que vão além do que se pode imaginar. São inúmeros os componentes que podem ser afetados ou terem o funcionamento comprometido em virtude de um acidente. E muitos deles não estão visíveis, como a carroceria ou os para-choques, alerta reportagem do Webmotors. Itens como suspensão, freios, cintos de segurança, coxins e até vedações e fechamentos das portas devem ser verificados. Na colisão, muitos desses componentes podem apresentar problemas e dar dor de cabeça aos usuários tempos depois. E mesmo no caso de acidentes leves, a 15 km/h. "Essas batidinhas são as mais comuns no trânsito urbano. Nessas situações, a barra de absorção dianteira atrás do para-choque pode atingir o radiador ou o condensador do ar-condicionado, se for o caso", alerta Reinaldo Nascimbeni, supervisor de serviços técnicos de automóveis da Ford.
Já o carro que teve a traseira danificada nessa "batidinha" também merece atenção. Os especialistas orientam a verificar as vedações do bagageiro, assim como tanque de combustível, para verificar se não houve avarias, e também as conexões que passam na parte de trás do veículo. "Às vezes pode parecer uma colisão leve, sem grandes problemas, mas que pode afetar alguma mangueira e ocasionar vazamentos", ressalta José Edison Parro, presidente da AEA - Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.
Uma simples vistoria visual, aliás, já pode revelar se o carro sofreu a mais com a batida, mesmo em baixa velocidade. "Um item muito crítico é a infiltração de água. Por isso, é importante inspecionar os tampões do assoalho, as aberturas no capô, se as frestas estão alinhadas, os vãos das portas e se elas estão fechando bem", pontua Giovani Borgomoni, colaborador do Comitê de Veículos Leves da SAE Brasil - Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. Mas o comportamento dinâmico do carro é o que mais pode ser afetado. Principalmente em colisões em velocidades maiores, acima de 40 km/h. Nestes casos, o ideal é verificar toda a estrutura, desde itens do chassi até componentes de suspensão.
"Muitas oficinas de reparo têm, inclusive, gabarito para fazer essa verificação", garante Ricardo Bock, professor e coordenador do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da FEI - Fundação Educacional Inaciana. Há também o risco do que popularmente se chama de "balança empenada". Um quadrilátero que sustenta o carro e que, em caso de batida, pode alterar todo o conjunto. "Existem gabaritos mecânicos e digitais, com pontos definidos que servem de base para montar o carro. É preciso ter certeza de que o veículo está alinhado, senão vai andar meio torto", adverte Nascimbeni, da Ford.
O próprio motorista pode perceber se o carro não foi bem consertado ou se aquela batida insuspeita causou mais danos do que o imaginado. Se o veículo estiver puxando para algum lado, é sinal que está desalinhado. Além disso, trepidação excessiva do motor ou da transmissão indica que os coxins de sustentação dos dois componentes podem ter sido danificados ou se romperam. O mesmo vale se a coluna de direção estiver vibrando. "Ao ligar o carro já se percebe, pois há uma trepidação excessiva. Já foram registrados casos em que o motor simplesmente caiu pela falta de atenção e cuidado do motorista, que não deu importância à vibração", garante Bock, da FEI.
Dentro do habitáculo, vários equipamentos também chamam a atenção. O cinto de segurança é o principal deles. Em uma colisão mais forte, o item pode perder a capacidade elástica, essencial para a retenção. Tanto que os engenheiros e especialistas recomendam a verificação do item, puxando-o de forma bruta para ver se o cinto ainda tem eficácia e pode travar o corpo do passageiro ou motorista quando necessário. No caso de carros com airbags, o sistema é diferente. Isso porque, nestes casos, os cintos geralmente têm pré-tensionadores. "O cinto tem efeito mola e com a colisão essa mola se desprende para disparar uma espoleta. O cinto, então, vai ficar sem trava", explica Borgomoni, da SAE. O acionamento do airbag nos carros também implica outras trocas. No caso das bolsas frontais, painel e miolo do volante precisam de troca, e os airbags laterais envolvem a mudança dos bancos ou do forro da porta. "Deve-se testar o sistema e fazer a verificação da bolsa. Uma luz no painel adverte se a bolsa estiver montada errada ou se o sensor de desaceleração não estiver funcionando", receita Nascimbeni.
Fonte: site Webmotors, 2 de junho de 2010

Categoria: Geral


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