Sempre que precisa fazer um exame ou ir ao médico, Flor de Lis acompanha a mãe, de 91 anos. Encontrar um lugar para o carro é sorte, ela diz. Se a vaga fica muito longe, dona Armezinda tem de caminhar.
Na região hospitalar de Belo Horizonte - depois das 9h - fica difícil encontrar uma vaga. Quem tem consulta marcada com o médico não pode perder tempo. Dona Armezinda já passou por uma situação parecida. Ela diz que não achou vaga, voltou com o carro pra casa, pegou um táxi e depois voltou para a consulta.
O que mãe e filha não sabiam é que existem vagas exclusivas para idosos. O direito foi previsto pelo Estatuto do Idoso e regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito: 5% das vagas devem ser exclusivas para pessoas com mais de 60 anos.
O idoso deve ter uma credencial e deixá-la sobre o painel em local visível. Na capital mineira, o documento é emitido pela BHTrans.
O prazo para que as companhias de trânsito se adaptassem à resolução terminou no dia 12 de dezembro do ano passado. Mesmo assim, ainda é difícil encontrar placas de sinalização. Em Belo Horizonte, há 16 mil vagas de estacionamento regulamentadas nas ruas, mas apenas 55 são destinadas a idosos.
As vagas sinalizadas até agora ficam em áreas do rotativo. Alguns motoristas não perceberam a novidade.
Segundo a BHTrans, a credencial dá direito à vaga, mas o idoso tem de pagar o talão do rotativo.
Fonte: programa MGTV 1ª Edição, 14 de janeiro de 2010