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A cidade de São Paulo já não ganha mais tantas motocicletas como em anos anteriores. O ritmo de crescimento dessa frota teve uma diminuição drástica em 2009 - próxima de 40%, segundo a Folha de S. Paulo. A capital paulista, que já chegou a receber mais de 285 motos diariamente, passou a emplacar perto de 170 por dia. Ou seja: a frota de duas rodas segue aumentando, mas num patamar menos explosivo do que vinha ocorrendo até então.
A constatação dos registros do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito) se repete em outros indicadores que apontaram, pela primeira vez em dez anos, a queda nas vendas no País: diminuíram para 1,6 milhão, contra mais de 1,9 milhão em 2008. A queda de 16% contraria a alta de 13% na venda de automóveis.
A principal explicação para esse fenômeno está ligada à crise econômica, que reduziu no ano passado a facilidade de financiamento para a população de menor renda. Assim, é possível que ele seja só temporário.
Mas alguns especialistas também avaliam que, principalmente na capital paulista, os picos de explosão da frota de motos talvez não se repitam. "Não é ainda um mercado saturado. Mas as taxas anteriores estavam muito altas", diz Jaime Waisman, professor da USP (Universidade de São Paulo).
A difusão das motos na Capital preocupa os especialistas, principalmente devido aos acidentes (respondem por 12% da frota e um terço das vítimas).
Fonte: Folha de S. Paulo, 17 de janeiro de 2010

Categoria: Geral


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