O primeiro contemplado seria Vallila, uma região que alia residências e algumas indústrias. E o segundo seria Kalasatama, no centro da capital. Os primeiros estudos foram feitos a partir de uma tese de mestrado escrita pela engenheira de transportes da prefeitura de Helsinki. "O carro não é mais um sonho de consumo para os jovens", disse Heikkilii, acrescentando que os mesmos pedem uma malha de transportes mais simples, mais flexível e mais barata, não oferecido pelo sistema atual em Helsinque, onde não existe uma operadora única de todos os transportes públicos.
A engenheira cita o setor de telecomunicações como modelo para uma oferta de serviços diferente do atual. Nele, uma pessoa poderia pagar por transporte pelo quilômetro, enquanto outra poderia comprar um pacote mensal que incluiria um número de quilômetros rodados em carro de aluguel e também um bilhete para a utilização da malha de metrô da cidade.
"Acho que esse sistema poderia funcionar, mesmo que as pessoas mais velhas não queiram deixar de ter seus carros. Esse tipo de mudança é gradual", explica, acrescentando que os dez anos de testes devem ser suficientes para assegurar uma mudança no comportamento dos habitantes da capital finlandesa.
Fonte: Revista Carta Capital, 23 de julho de 2014