Com a nova legislação, o Sesc tem agora prazo de 12 meses para apresentar à Prefeitura um projeto de ocupação da área, que é municipal e já abrigou os Edifícios Mercúrio e São Vito. Totalmente degradados, ambos foram desapropriados e posteriormente demolidos pela gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, em 2011. Desde então, apenas um estacionamento público para clientes do Mercadão foi feito no local.
A remodelação do parque já foi explorada por diversos urbanistas, durante as gestões de Marta Suplicy, José Serra e Gilberto Kassab. Na última proposta apresentada, a região ganharia novos pontilhões, espelhos d'água e até um parque linear.
A ideia atual, no entanto, é mais "pé no chão". Haddad não quer mudanças somente urbanísticas, mas econômicas e sociais, levando-se em conta que a área é tomada de moradores de rua e usuários de drogas.
O aspecto econômico também é ambicioso: inclui uma reformulação viária da Rua 25 de Março, que fica a menos de 1 quilômetro do parque, e a construção de um shopping popular no lugar da Feira da Madrugada.
Expansão
Diretor do Sesc-SP, Danilo Miranda diz que a entidade vai procurar conhecer os estudos já desenvolvidos antes de definir o desenho final. "A arquitetura para nós tem de ser mais do que uma manifestação artística. Tem de ter um caráter educativo e de acesso."
Segundo Miranda, a futura unidade vai oferecer todos os serviços tradicionais, como áreas de convivência, de esportes e cultura, com direito a teatro. "Com ele, poderemos movimentar também a vida noturna da região", ressalta.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 16 de julho de 2014