"Não só pela segurança, mas por questões estéticas. É uma avenida muito precária", disse Haddad ao ser questionado sobre um fio de alta tensão que caiu, matou uma pessoa e feriu outra na quinta-feira na zona leste. Fio também caiu ontem na Avenida Nícolas Boer, zona oeste.
Responsável pelos fios, a AES Eletropaulo informou que 3 mil km já estão no subterrâneo. "Não depende só da AES (o aterramento). É preciso que o poder público e a agência reguladora se envolvam", disse, em nota.
Haddad afirmou que há quase R$ 500 milhões de recursos. A operação é um instrumento de revitalização urbanística que tem dispositivos de arrecadação, a partir da autorização para construções, cuja verba só pode ser usada na área.
Professora da Universidade de São Paulo (USP), a urbanista Ermínia Maricato diz que os aterramentos não são as prioridades, mas usar o dinheiro é uma boa ideia. "A lei manda que se faça lá. Mas, se for possível fazer em uma área maior, melhor ainda."
Para o professor de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) John Paul Henpel Lima, a fiação aterrada evita acidentes. "O sistema, de fato, é caro. Mas falta vontade política para implementá-lo."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 19 de julho de 2014