Parking News

Phoebe Scott, de Orange County, na Califórnia, tem uma nova rotina antes de ir ao shopping. Ela confere como estão os estacionamentos em seu aplicativo de smartphone ParkMe, "para descobrir o que vou enfrentar ou se preciso mudar de planos". Se o estacionamento estiver com a lotação inferior a 90%, o passeio é confirmado. Seu favorito, não muito longe de seu local de trabalho, é uma garagem no shopping Santa Monica Place, onde sensores e luzes a direcionam diretamente a uma vaga específica. "É uma batalha diária. Qualquer coisa que facilite faz uma grande diferença", afirmou Phoebe, de 29 anos, fundadora da Laudville, iniciante de tecnologia social.
A luta por uma vaga no shopping está se suavizando graças à proliferação de novas tecnologias, de aplicativos e sensores a luzes coloridas e placas eletrônicas. Essa é uma das formas que as lojas físicas encontraram para tentar fazer com que os clientes se afastem de seus computadores e efetivamente as visitem. Quando não há vagas de estacionamento, "as pessoas dão voltas e voltas e ficam frustradas. E quem quer iniciar sua experiência de compras com frustração", indagou Kathy Grannis, porta-voz da National Retail Federation nos Estados Unidos.
O ParkMe, que acompanha mais de 28 mil locais em todo o mundo, emergiu como um pilar a todos os clientes navegando pelos estacionamentos do país. Com o aplicativo, eles podem encontrar os estabelecimentos mais próximos e baratos, além de entradas alternativas de garagem. A base de usuários do aplicativo cresceu 97% no ano passado, conforme acrescentava centenas de garagens em seu banco de dados. "Se existe uma maneira de estacionar fora dos caminhos usuais, você reduz o stress", explicou Sam Friedman, cofundador e presidente do aplicativo ParkMe.
Funcionamento
A tecnologia do aplicativo é bastante simples: um ciclo magnético na garagem marca o número de vezes que o portão se levanta para admitir ou liberar um carro, afirmou Friedman. O ParkMe também permite que o cliente reserve uma vaga em certos locais. Scott disse usar esse serviço durante os meses movimentados do verão. Outros aplicativos de estacionamento também estão ganhando espaço. O Parkopedia, vinculado a 26 mil garagens na América do Norte, também permite que os usuários pesquisem locais de estacionamento, disponibilidade e preços usando seus smartphones. O QuickPay pretende começar com centenas de shoppings americanos no próximo ano, ajudando usuários a pagar por vagas e manobristas usando o smartphone. "Estacionar é a porta de entrada para a experiência de compra e isso pode significar o sucesso ou fracasso de todo o seu negócio", afirmou Barney Pell, fundador do QuickPay. Segundo Casey Jones, vice-presidente de serviços institucionais do Standard Parking, um serviço de gestão de estacionamentos em Chicago, e ex-presidente do International Parking Institute, os clientes querem informações em tempo real de opções de preço e querem ser direcionados a uma vaga livre.
Economia
Jessi Molohon, estudante de 23 anos da University of Texas, em Austin, é um desses clientes. Ela disse usar o aplicativo Parking Whiz quando vai a lojas no centro de Houston ou ao shopping para encontrar garagens e comparar preços. "O estacionamento pode variar de US$ 6 a US$ 12 na mesma rua, então quero ter a absoluta certeza de que não estou gastando demais para estacionar quando já vou gastar muito nas compras", explicou Molohon. Um aplicativo chamado A Parking Spot permite que Molohon marque seus estacionamentos favoritos em um mapa do Google para navegar até eles no futuro. "Transformei isso numa rotina. Conheço alguns locais que são simples de entrar e sair, e que me ajudam a economizar tempo e evitar um pouco do trânsito das férias". Não existem dados sobre o número de estacionamentos em shoppings equipados com sensores para ajudar a rastrear vagas livres, mas analistas dizem que a taxa de adoção vem dobrando ou triplicando ano após ano. A Taubman Centers, que possui e administra 22 shoppings nos EUA, instalou sensores nas garagens de dois de seus centros para mostrar aos clientes em que pisos eles podem encontrar vagas disponíveis. A instalação custa de US$ 50 mil a US$ 100 mil por local. No entanto, estacionar é apenas metade da batalha. Quando um cliente está pronto para partir, existe o problema de encontrar o carro.
Crescimento
Phoebe Scott tem uma nova rotina antes de ir ao shopping: conferir como estão os estacionamentos através de aplicativos em seu smartphone. Segundo o Simon Property Group, maior grupo proprietário e operador de shoppings com mais de 300 propriedades, o uso de seu aplicativo gratuito, que inclui um recurso para ajudar usuários a encontrar seu carro estacionado, cresceu 800% nos últimos dois anos. Os usuários podem tirar uma foto de onde o carro está estacionado, marcá-lo no mapa ou enviar uma mensagem de texto lembrando onde estacionaram.
Ruas
Não são apenas shoppings que lutam para facilitar o estacionamento, mas também ruas comerciais e distritos locais de compras. São Francisco, por exemplo, com estacionamento nas ruas notoriamente complicado, criou seu próprio aplicativo que leva os motoristas a vagas livres. As montadoras também têm novidades. A Audi contratou a ParkMe para oferecer os serviços do aplicativo em seus painéis, enquanto a Parkopedia anunciou recentemente uma parceria com a Volvo.
Fonte: Diário do Comércio (SP)/The New York Times, 13 de dezembro de 2012

Categoria: Geral


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