Diferentemente do diesel, para o qual a recente mudança de padrão provocou forte impacto na indústria de caminhões, os carros brasileiros já estão preparados para a nova composição, ressalta a Folha.
A alteração só será notada por motoristas mais atentos que observarem a coloração mais rosada e o novo odor do combustível nas bombas.
A nova gasolina aproxima o Brasil do resto do mundo. Ajudará a otimizar tecnologias para reduzir o consumo dos veículos, hoje disponíveis fora do país, como a injeção direta, e necessárias para que as montadoras alcancem as metas de eficiência energética impostas pelo regime automotivo.
Aditivada só em 2015
Foi adiada para meados de 2015 outra alteração importante que vigoraria com o novo combustível.
A partir dessa data, toda gasolina vendida no Brasil será aditivada. Componentes que ajudam a evitar o acúmulo de impurezas nas peças, como o detergente, serão adicionados compulsoriamente pela Petrobras. O adiamento se deu pela falta de definição sobre quem faria a mistura.
Segundo o gerente da área de abastecimento da estatal, Frederico Kremer, as distribuidoras serão obrigadas a oferecer mais atributos para os produtos aditivados, que não só a pureza. "A pureza vai ser padrão. Vão ter de utilizar aditivos que beneficiem desempenho", diz.
O executivo não soube informar se as mudanças impactam os preços na bomba.
Via assessoria, a estatal informou que a política de preços será mantida para a nova gasolina, mas que distribuidores possuem autonomia para definir valores de venda.
Fonte: Folha de S. Paulo, 11 de dezembro de 2013