Essa nova "febre de shoppings" é puxada pelo aumento do poder de compra das classes C e D. Com isso, o setor ganhou espaço para o desenho de projetos voltados para "a nova classe média", com maior apelo popular, e também para a classe A, em que o fluxo de clientes é menor, mas o tíquete médio das compras é mais elevado.
"O Brasil está vendo uma classe emergente, C e D, passando a consumir bens que até então eram inacessíveis. Essas pessoas hoje compram carros. Atualmente, existe espaço para investir em todos os segmentos", afirma José Isaac Peres, presidente da Multiplan.
Atualmente, 55% dos shoppings no país estão concentrados na região Sudeste. O Estado de São Paulo lidera, com 122 unidades. Em termos percentuais, no entanto, a região Centro-Oeste foi a que apresentou a maior expansão no ano passado: 17,86%. Em 2007, o faturamento do setor cresceu 16% e somou R$ 58 bilhões, segundo a Abrasce. O dado inclui receitas de aluguéis de lojas, de estacionamento e de propaganda.
Fonte: Folha de S.Paulo, 24 de março de 2008