O decreto que prevê a desapropriação foi publicado na edição do dia 5 de março do Diário Oficial do Estado. A previsão do governo estadual é que essa seja a única leva de imóveis anunciados, a não ser que o consórcio responsável pela obra sinta necessidade de aumentar essa quantidade no decorrer dos trabalhos. O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) citavam um total de 1.071 imóveis que dariam lugar ao empreendimento.
A maior parte deles está em áreas urbanas desses municípios, onde há residências, algumas indústrias e comércio.
O Trecho Leste será a terceira parte do Rodoanel a sair do papel. A nova ligação terá 43,5 km de extensão a partir de Mauá - onde se ligará ao Trecho Sul - até a Dutra, em Arujá. Motoristas poderão entrar ou sair da rodovia por quatro acessos: na ligação com a Avenida Papa João 23, em Mauá; na Rodovia Henrique Eroles, em Suzano; na Rodovia Ayrton Senna, em Itaquaquecetuba; e no final do Trecho Leste, na altura de Arujá da Dutra. A via seguirá os modelos dos trechos já em operação, com quatro faixas de circulação e limite de velocidade de 120 km/h. Haverá nessa parte 14 pontes e quatro túneis.
O empreendimento total vai custar aproximadamente R$ 4 bilhões, incluídas as desapropriações, e será construído pela iniciativa privada em um regime de concessão - o grupo vencedor da licitação vai administrar e explorar o pedágio do Trecho Sul e em contrapartida terá de construir o Trecho Leste.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 7 de março de 2011