A ponte não será estaiada, como se previa anteriormente, para não atrapalhar o acesso ao Aeroporto do Guarujá, que deverá ganhar novas dimensões com a exploração das jazidas de petróleo do pré-sal.
Se aprovada, será a primeira ligação seca entre as duas margens do Porto de Santos. Facilitará o transporte de cargas, vai liberar pistas da Anchieta, no trecho urbano, e acelerar viagens de carro rumo ao Guarujá. A previsão é de que o vão livre central da nova ligação tenha 120 metros de largura. Haverá dois outros vãos, menores, laterais. Também deverão ser construídos aproximadamente 3 km de pistas para acesso à estrutura.
Mais faixas
De acordo com o diretor-superintendente da Ecovias, Humberto Gomes, é necessário aumentar a capacidade dos acessos à Baixada Santista, por causa do crescimento acentuado do Porto de Santos. "A proposta é remodelar o trecho da Anchieta com a Cônego Domenico Rangoni, no km 55, em Cubatão. Nesse ponto, o problema é crônico. Seria construída mais uma faixa de cada lado da rodovia até o polo industrial de Cubatão", explica. Haveria 8 km de faixas, quatro em cada sentido, do km 270 ao km 262.
Nova marginal
Posteriormente, a proposta é construir uma nova marginal na Anchieta, no trecho urbano, na entrada do Porto de Santos. A nova marginal seria no sentido planalto. Já há uma pista marginal no sentido de Santos. "Assim poderemos separar o tráfego pesado do de veículos leves e também o trânsito local. Os caminhões utilizariam apenas as pistas centrais até chegar ao viaduto para Alemoa", conta Gomes.
Pela proposta da Ecovias, o trânsito sentido Guarujá e também na direção da Rio-Santos ficará mais leve, principalmente nos fins de semana. As duas faixas a serem construídas facilitarão a passagem de caminhões até a ponte. Na sequência, o tráfego pesado chegará ao porto sem usar o lado urbano da Anchieta. Será segregado na faixa central.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 4 de março de 2011