Para este ano, o centro da meta de inflação perseguido pelo BC é de 4,5%. O mercado, porém, prevê inflação de 5,8%. No ano passado, a inflação foi de 5,91%, a maior registrada no país desde 2004.
O centro da meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%. O índice de 4,5% é chamado de centro, pois está bem no meio dos extremos.
Outros índices que medem variações nos preços também têm apontado para uma forte alta. A inflação medida pelo IGP-M, usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, acumula alta de 11,3% nos últimos 12 meses.
A alta nos preços na cidade de São Paulo, medida pelo IPC-Fipe, chega a 6,05% no mesmo período.
O temor de uma forte alta nos preços em 2011 tem feito com que o governo tente controlar a inflação por meio da política monetária. Ou seja, subindo a taxa básica de juros, a Selic.
Ao elevar os juros, o objetivo é desestimular o consumo e, assim, evitar que os preços subam.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu elevar a taxa básica de juros (a Selic) para 11,75% ao ano. Com a nova elevação, já esperada pelo mercado, a Selic atingiu seu maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%.
Índice
O IPCA refere-se às famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além do município de Goiânia e do Distrito Federal.
Fonte: Folha de S. Paulo, 4 de março de 2011