Outras regiões violentas ficam nas periferias da zona leste. Sapopemba é o quarto colocado, com 35 mortes; Itaim Paulista, o oitavo (29); Itaquera empata na décima posição (27) com Cidade Dutra. Jabaquara, na zona sul, é o único bairro considerado de classe média a se destacar no ranking, empatado no terceiro lugar com 36 mortes.
Motos
Uma das explicações para a concentração de mortes nas periferias está no fato de que a maioria dos acidentes não mata necessariamente donos de carros, mas motoqueiros e pedestres. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de 2009 mostram que, das 1.382 vítimas no ano, os pedestres foram o grupo principal, com 671 casos. O segundo lugar é ocupado pelos motociclistas (428). Motoristas e passageiros de carro ficam na terceira posição (222).
A juventude é outra característica entre as vítimas que mais morreram no trânsito. Só com motos, foram 207 vítimas com 20 a 29 anos em 2009, quase metade do total de mortes nesse grupo. A situação só muda no caso dos pedestres, em que pessoas mais velhas, de idades entre 50 a 59, são as que mais morrem.
Para reduzir essas taxas, as medidas mais importantes criadas pela CET foram a redução do limite de velocidade nos corredores exclusivos de ônibus (de 60 km/h para 50 km/h) e a instalação de grades para que a travessia de pedestres ocorra em locais mais seguros.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de março de 2011