A canalização do Rio Tamanduateí, que segue em meio à Avenida dos Estados, apresenta desgaste e ameaça não suportar as cheias e a velocidade do afluente. A erosão das margens afeta diretamente as pistas. O asfalto afunda no solo, guias, sarjetas e guard-rails são engolidos pelas crateras e em alguns pontos o desnível chega próximo aos 30 centímetros. A situação é vista em ambos os sentidos.
O tráfego é prejudicado também pelos bueiros e bocas de lobo entupidos. Bastam alguns minutos de chuva para que grandes poças surjam, indicando o alagamento completo da avenida.
Próximo à divisa de São Caetano e Santo André, carros formam fila à direita da pista - para quem trafega no sentido São Paulo-Mauá. Caminhões, veículos leves e até motos ficam parados. E nem sinal de fiscalização.
Em 21 de abril de 1985, a descrição da Avenida dos Estados feita pelo Diário em nada difere dos dias atuais. Naquela época, acidentes com carros que caíam no leito do Tamanduateí já eram comuns. Faltavam sinalização e iluminação pública. Hoje, todos os cruzamentos possuem sinalização eletrônica e radares. Mas a pista ainda continua frágil às chuvas.
Obstáculos
Em pontos da Avenida dos Estados a atenção do motorista deve ser redobrada. Canteiros de obras tomam faixas e afunilam o trânsito.
A Prefeitura de Santo André informou que fiscais de trânsito monitoram os locais de obras durante as 24 horas do dia. Porém, nada respondeu sobre a fiscalização com relação aos veículos que estacionam em trechos da avenida.
A Avenida dos Estados deveria ser corredor de acesso rápido entre o Grande ABC e Capital. Mas quem passa diariamente pela via discorda dessa premissa. Engarrafamentos, alagamentos, estresse e desgaste prematuro de peças do carro. É isso que ganha o condutor que é obrigado a usar a via.
Fonte: Diário do Grande ABC (SP), 4 de março de 2011